Contabilidade 17 de dezembro de 2024

Saúde financeira da empresa: como reduzir custos e impostos

A gestão financeira empresarial melhora a sustentabilidade e o crescimento de qualquer empresa. Ou seja, permite não apenas a redução de custos, mas também a otimização da carga tributária, proporcionando uma saúde financeira sólida. 

Neste artigo, vamos explorar como uma gestão financeira eficiente, combinada com um planejamento tributário estratégico e soluções especializadas, pode garantir a saúde financeira das empresas.

O que é saúde financeira empresarial?

De modo breve, a saúde financeira da empresa é a capacidade de a organização gerenciar adequadamente seus recursos, cumprir obrigações e garantir lucros consistentes. Essa saúde é medida por indicadores como: fluxo de caixa, margem de lucro, endividamento e rentabilidade.

Para entender como analisar a saúde financeira de uma empresa, é necessário observar aspectos como:

  • Capacidade de geração de caixa: verificar se as receitas são suficientes para cobrir os custos e investimentos;
  • Controle de despesas: monitorar gastos operacionais e identificar oportunidades de corte;
  • Indicadores financeiros: avaliar métricas como EBITDA (em português, significa Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), índice de liquidez e margem de contribuição.

A importância de boas práticas na gestão financeira empresarial

Manter uma boa gestão financeira empresarial exige disciplina, ferramentas adequadas e estratégias bem definidas. Algumas práticas que podem fortalecer a saúde financeira da empresa incluem:

Planejamento financeiro 

Manter um planejamento financeiro é essencial para alinhar as metas da empresa com a realidade econômica. Um bom planejamento envolve definir objetivos claros e acompanhar o desempenho regularmente. 

Por exemplo, uma empresa de varejo pode criar um plano para reduzir custos operacionais em 10% ao longo de um ano. Isso pode incluir renegociar contratos de aluguel ou revisar processos logísticos para otimizar entregas. 

Além disso, construir cenários realistas ajuda a antecipar crises, como a queda na demanda de um produto sazonal, permitindo que a empresa ajuste seu estoque e evite prejuízos.

Controle rigoroso de custos

Controlar os custos é uma das práticas mais eficientes para melhorar a saúde financeira empresarial. Isso pode ser feito identificando áreas onde os gastos podem ser reduzidos sem prejudicar a operação. 

Por exemplo, uma indústria que enfrenta altos custos de energia pode investir em soluções de eficiência energética, como a instalação de painéis solares ou substituição de equipamentos antigos por versões mais econômicas. 

Outra estratégia é a automatização de processos, como o uso de softwares para controle financeiro, que eliminam retrabalhos e otimizam a produtividade.

Revisão de contratos e renegociação com fornecedores

Revisar contratos regularmente também  pode trazer economias significativas. Por exemplo, uma empresa de serviços pode perceber que está pagando taxas acima da média de mercado por serviços terceirizados. Ao renegociar esses contratos, é possível ajustar os custos, incluir cláusulas mais vantajosas ou obter melhores prazos de pagamento. 

A renegociação do fornecimento de matéria-prima pode  incluir descontos progressivos baseados no volume de compras, garantindo consequentemente a redução de custos sem comprometer a qualidade da produção. 

Implementação de indicadores de desempenho financeiro (KPIs)

Utilizar indicadores financeiros é indispensável para medir e monitorar o desempenho da empresa. KPIs como margem de lucro, retorno sobre investimento (ROI) e liquidez corrente ajudam a identificar áreas que precisam de melhorias e orientar decisões estratégicas. 

Por exemplo, o índice de liquidez corrente indica se a empresa terá condições de honrar suas dívidas e obrigações em curto prazo. Logo, ao analisar este KPI e notar que está abaixo do esperado, é possível ajustar os fluxos de caixa ou buscar crédito de forma estratégica.

Realização de auditorias regulares

Auditorias internas e externas identificam inconsistências e garantem  conformidade com as regulamentações. Uma auditoria interna, por exemplo, pode revelar despesas não planejadas ou processos ineficientes que consomem recursos que seriam utilizados de maneira mais eficiente em outros setores da empresa. 

Empresas que passam por auditorias regularmente conseguem ajustar processos proativamente e evitar problemas futuros, como, revisar os processos de faturamento a fim de eliminar atrasos na emissão de notas fiscais. Algo que impacta diretamente no caixa da empresa além de causar problemas de relacionamento com o cliente. 

Reduzindo impostos com planejamento tributário

Um dos maiores desafios das empresas no Brasil é lidar com a alta e complexa carga tributária. No entanto, com estratégias adequadas, é possível minimizar esses impactos de forma legal e segura. Uma das práticas mais eficazes para alcançar esse objetivo é o planejamento tributário.

A seguir, mostramos os principais elementos que devem ser considerados na elaboração de um bom planejamento tributário. 

Escolha do regime tributário 

O enquadramento correto no regime tributário é essencial para reduzir a carga fiscal da empresa. No Brasil, existem três regimes principais: 

  • Simples Nacional: ideal para micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Oferece uma tributação simplificada, mas nem sempre é a opção mais barata, dependendo das margens de lucro e do setor de atuação;
  • Lucro Presumido: mais vantajoso para empresas que possuem margens de lucro elevadas, mas faturam menos de R$ 78 milhões por ano. É calculado com base em uma margem presumida pelo governo;
  • Lucro Real: indicado para empresas com margens de lucro reduzidas ou com alto volume de deduções, pois o cálculo é feito sobre o lucro efetivamente apurado.

Por exemplo, uma empresa de tecnologia com alta lucratividade, mas poucas despesas dedutíveis, pode economizar mais no Lucro Presumido do que no Simples Nacional.

Revisão de créditos tributários

Os créditos tributários são valores pagos indevidamente ou a maior nos últimos 60 meses que podem ser compensados ou restituídos. Muitas empresas deixam de aproveitá-los por falta de conhecimento ou organização. 

Existem setores, como o exportador, que contam com isenções fiscais. Esses podem garantir maior competitividade no mercado internacional com um planejamento adequado.

Exemplo prático: uma empresa de manufatura que utiliza insumos tributados pode recuperar créditos de ICMS e PIS/Cofins, reduzindo significativamente seus custos fiscais.

Incentivos fiscais e regimes especiais

O Brasil oferece diversos incentivos fiscais que podem ser aproveitados por empresas de diferentes setores. Entre eles estão os programas de incentivo à inovação, como a Lei do Bem, que permite deduções fiscais para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento.

Outra opção são os regimes especiais de tributação, que oferecem condições específicas para determinados segmentos, como o REPETRO, voltado para o setor de óleo e gás, e o REPORTO, para logística e infraestrutura.

Monitoramento contínuo das legislações fiscais

A legislação tributária brasileira está em constante mudança. Um planejamento tributário eficaz exige um acompanhamento contínuo das alterações legais para evitar surpresas desagradáveis.

Por exemplo, uma mudança na alíquota de ICMS ou nas regras do Simples Nacional pode impactar diretamente o fluxo de caixa da empresa. Estar atento a essas alterações e adaptar-se rapidamente é essencial para manter a saúde financeira.

Como funciona o Diagnóstico Tributário?

O Diagnóstico Tributário da Tax Advice é uma ferramenta indispensável para gestores que desejam reduzir impostos e melhorar a saúde financeira da empresa. O processo é dividido em três etapas:

Identificar

  • Análise detalhada dos documentos fiscais e contábeis para localizar créditos tributários não aproveitados;
  • Mapeamento de oportunidades específicas para recuperação fiscal.

Validar

  • Revisão jurídica para garantir que os créditos identificados estão conforme a legislação;
  • Segurança jurídica para evitar riscos de contestação no futuro.

Monetizar

  • Transformação dos créditos tributários em recursos disponíveis para a empresa;
  • Utilização de mecanismos legais como compensações e restituições para otimizar o fluxo de caixa.

Em resumo, a gestão financeira empresarial eficaz é a chave para o sucesso de qualquer organização. Por meio das boas práticas citadas neste artigo, sua empresa pode reduzir custos, otimizar impostos e garantir uma saúde financeira sustentável.

Quer saber mais sobre como fortalecer a gestão financeira empresarial? Entre em contato com a Tax Advice e descubra como podemos ajudá-lo a alcançar resultados mais robustos e rentáveis!

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